Senadora critica resposta tardia do governo federal às queimadas no país e aponta falta de responsabilidade ambiental.

A senadora Rosana Martinelli, do partido PL de Mato Grosso, fez duras críticas ao governo federal em relação à resposta tardia às queimadas que assolam o país. Em um pronunciamento realizado nesta terça-feira (17), a parlamentar destacou o descaso e a incapacidade do governo em lidar com a emergência climática que afeta diretamente diversas regiões do Brasil.

Segundo Martinelli, a situação de emergência em 58 municípios de Mato Grosso devido aos incêndios florestais foi reconhecida apenas em 6 de setembro, após meses de devastação incontrolável. Ela ressaltou que o reconhecimento tardio é mais um indício da falta de responsabilidade ambiental por parte do governo. A senadora enfatizou que Mato Grosso se tornou o estado mais afetado pelas queimadas, com mais de 13,6 mil focos de incêndio registrados somente no mês de agosto, resultando na devastação de mais de 1,6 milhão de hectares.

Rosana Martinelli também abordou a questão da culpabilização do agronegócio e dos empresários pelos incêndios, destacando que nem todos os focos são de origem criminosa. Ela criticou a retirada de R$ 700 milhões do orçamento do Ministério do Meio Ambiente pelo governo, especialmente considerando que o período de seca se aproximava.

A senadora enfatizou que apenas quando as queimadas se aproximaram da capital, Brasília, e ameaçaram a residência do presidente, é que o governo se mobilizou para agir, alocando recursos no valor de R$ 500 milhões. Martinelli concluiu seu discurso pedindo para que o governo assuma sua responsabilidade, deixe de buscar desculpas e comece a agir efetivamente para evitar a repetição da tragédia no próximo ano.

A questão ambiental tem sido um ponto sensível no cenário político do Brasil e a crítica da senadora Rosana Martinelli reflete a preocupação com a falta de medidas efetivas por parte do governo para combater as queimadas e preservar o meio ambiente. A população espera que suas palavras não caiam em ouvidos surdos e que ações concretas sejam tomadas para evitar maiores tragédias no futuro.

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