A operação é realizada de forma simultânea nos estados onde a Mata Atlântica está presente, incluindo Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. Com quatro fases bem definidas, a Operação Mata Atlântica em Pé começa com o levantamento das áreas desmatadas com base em informações da Fundação SOS Mata Atlântica e do Mapbiomas Alerta.
Uma vez identificados os responsáveis pelas áreas desmatadas, os órgãos públicos e as polícias ambientais realizam a fiscalização, e os infratores podem ser autuados e responder judicialmente nas esferas cível e criminal. Essa ação conjunta entre os ministérios públicos estaduais e os órgãos ambientais é crucial para deter a degradação desse ecossistema tão importante para a biodiversidade brasileira.
Em relação aos dados recentes sobre desmatamento na Mata Atlântica, o Atlas da Mata Atlântica mostrou uma queda de 27% na supressão da vegetação nativa de 2022 para 2023. No entanto, o desmatamento continua sendo uma ameaça em alguns estados, como Piauí, Ceará, Mato Grosso do Sul e Pernambuco.
O promotor de justiça do Ministério Público do Paraná e presidente da Abrampa, Alexandre Gaio, destacou que a Operação Mata Atlântica em Pé tem sido fundamental para criar uma cultura de fiscalização do desmatamento ilegal no bioma. O resultado da edição deste ano da operação será divulgado ao final das ações de fiscalização, em 27 de setembro, com transmissão ao vivo pelo Ministério Público de Minas Gerais. A preservação da Mata Atlântica é uma responsabilidade de todos e ações como essa são fundamentais para garantir a conservação desse ecossistema único.