De acordo com Patah, atualmente há uma demanda crescente por cargos que exigem habilidades mais complexas e tecnológicas, porém muitos jovens acabam fugindo das vagas que oferecem salários inferiores a R$ 2.000. A ideia por trás da redução da jornada é proporcionar aos trabalhadores a oportunidade de se qualificarem, especialmente nos setores de logística e tecnologia.
Recentemente, Luiz Marinho participou de um mutirão de empregos em São Paulo promovido pela UGT, que disponibilizou cerca de 20 mil vagas. No entanto, menos de 3.000 pessoas se candidataram para concorrer às oportunidades. Esse cenário evidencia a falta de interesse por vagas, principalmente no setor de serviços, e também a falta de mão de obra qualificada.
Patah destaca que, apesar do crescimento da economia e da fase do pleno emprego, ainda há escassez de mão de obra em diversos setores, como a construção civil. Ele ressalta a importância de uma resposta por parte do empresariado, sugerindo a criação de vagas com salários mais atrativos e a contratação de pessoas mais experientes para trabalhar nos finais de semana, permitindo que os trabalhadores mais jovens tenham mais tempo livre para estar com a família.
O sindicalista também aponta que o empresariado está acomodado e as discussões sobre reajustes salariais e benefícios não avançam. Temas como vale-alimentação, cesta básica e assistência médica para todos ainda enfrentam resistência por parte dos empresários.
Diante desse cenário, a proposta de redução da jornada de trabalho surge como uma alternativa viável para estimular a busca por qualificação profissional e preencher as lacunas de mão de obra nos setores mais demandados. A expectativa é de que essa iniciativa possa contribuir para a dinamização do mercado de trabalho e o crescimento econômico do país.
