Mãe de paciente com câncer de pâncreas morre sem tratamento adequado no SUS, revela investigação jornalística.

Juliana Góes Bessa, de 39 anos, enfrentou uma tragédia ao perder sua mãe para o câncer de pâncreas. A doença, considerada uma das mais agressivas entre os tumores sólidos, muitas vezes apresenta sintomas inespecíficos, o que dificulta o diagnóstico precoce e, consequentemente, o tratamento eficaz. No caso de Juliana, o diagnóstico correto da doença só foi feito quando já estava em estágio avançado.

A demora nos procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) pode ser um fator prejudicial na sobrevida dos pacientes oncológicos. A falta de agilidade no encaminhamento para exames e tratamentos específicos pode impactar diretamente no prognóstico dos doentes. Juliana relatou que o Hospital Federal de Ipanema, onde sua mãe foi atendida, não deu a devida importância aos sintomas apresentados, o que resultou em uma demora na realização da biópsia, exame fundamental para o diagnóstico preciso do câncer de pâncreas.

A paciente passou por internações e procedimentos sem receber a devida atenção, o que agravou seu estado de saúde. A família relatou que a demora no encaminhamento para um oncologista foi um dos pontos críticos no tratamento da mãe de Juliana, que já estava em estágio terminal quando finalmente recebeu a avaliação especializada.

A falta de acesso rápido a exames como tomografia, ecoendoscopia e biópsia no SUS é uma realidade que afeta não apenas a mãe de Juliana, mas diversos pacientes oncológicos no Brasil. Os relatos de histórias semelhantes publicadas em grupos do Facebook mostram a dificuldade enfrentada por muitas famílias no sistema de saúde público.

Médicos especialistas destacam a importância da agilidade no diagnóstico e tratamento do câncer de pâncreas, uma doença que tende a progredir rapidamente. A falta de uma estratégia de rastreamento para esse tipo de câncer, aliada aos fatores de risco como sedentarismo, obesidade, tabagismo e histórico familiar, tornam essencial a conscientização e o acompanhamento regular para a prevenção da doença.

Em meio a relatos de negligência e demora nos serviços de saúde públicos, surge a necessidade de uma abordagem mais eficiente e humanizada para o tratamento do câncer de pâncreas no Brasil. A conscientização sobre os sintomas, fatores de risco e a importância do diagnóstico precoce podem ser cruciais para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e aumentar suas chances de sobrevida.

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