Após ter sido uma das escolhidas para dançar a valsa com a debutante e outras 14 meninas, Camila começou a sentir tontura e mal-estar, levando-a a procurar pelo seu celular no camarim. Foi nesse momento que a tragédia se desenrolou, e a adolescente foi agarrada por trás e arrastada até o banheiro, onde sofreu um episódio de violência sexual.
De acordo com relatos de pessoas ouvidas na investigação do caso, Camila foi encontrada desnorteada, com seu vestido abaixado, sem calcinha, sangrando e em prantos. O autor do estupro nunca foi identificado, e mesmo após anos de tentativas de regressão e hipnose para lembrar detalhes que pudessem levar à identificação do agressor, o inquérito policial foi encerrado por falta de autoria.
Atualmente com 28 anos, Camila busca reparação pelos danos sofridos naquela noite traumática. A busca por indenização, no valor de R$ 472,5 mil, envolve não apenas os anfitriões do evento no Ipanema Clube, mas também a empresa contratada para o serviço de bartender. No entanto, as partes envolvidas contestam as acusações, argumentando que não poderiam ser responsabilizadas pelos acontecimentos.
Apesar de todo o sofrimento e da tentativa de superar o trauma, Camila afirma que o dinheiro da indenização não será capaz de apagar o que passou. A batalha judicial continua, com uma última audiência em junho deste ano, reforçando a busca por justiça e reparação diante de uma violência que deixou marcas profundas na vida da vítima.