Em relação à dívida pública bruta, os economistas agora preveem um aumento para 77,91% do PIB ao final de 2024, em comparação com os 77,72% estimados em agosto. Para 2025, a projeção é que a dívida atinja 80,61% do PIB, ante os 80,32% previstos anteriormente.
As preocupações do mercado em relação à trajetória fiscal do governo persistem, com dúvidas sobre a eficácia das medidas para aumentar a arrecadação e incertezas sobre possíveis cortes de despesas. A meta do governo de zerar o déficit primário até o final deste ano está em foco, enquanto a arrecadação esperada para 2024 e 2025 teve revisões para cima.
Na área política, a Câmara dos Deputados aprovou um texto que propõe uma transição de três anos para o fim da desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia, além da cobrança da alíquota cheia do INSS em municípios com até 156 mil habitantes. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que o projeto de lei deve compensar totalmente o impacto fiscal do benefício em 2024.
Os economistas também elevaram suas projeções para as despesas totais do governo central para este ano e o próximo, indicando um cenário desafiador para as contas públicas nos próximos anos. A incerteza e a pressão por medidas eficazes para reverter a trajetória fiscal são pontos de atenção no cenário econômico atual.