Economistas melhoram previsão para resultado primário de 2024, mas estimativas da dívida pública aumentam para 2025, segundo relatório Prisma Fiscal.

Economistas consultados pelo Ministério da Fazenda revisaram suas previsões para as contas fiscais do governo, com melhorias no resultado primário para este ano, mas com estimativas menos favoráveis para 2025. O relatório Prisma Fiscal de setembro aponta um saldo primário negativo de R$ 66,665 bilhões em 2024, ante a projeção anterior de déficit de R$ 73,5 bilhões. Já para 2025, a expectativa é de um déficit de R$ 93,067 bilhões, maior do que os R$ 91,689 bilhões previstos anteriormente.

Em relação à dívida pública bruta, os economistas agora preveem um aumento para 77,91% do PIB ao final de 2024, em comparação com os 77,72% estimados em agosto. Para 2025, a projeção é que a dívida atinja 80,61% do PIB, ante os 80,32% previstos anteriormente.

As preocupações do mercado em relação à trajetória fiscal do governo persistem, com dúvidas sobre a eficácia das medidas para aumentar a arrecadação e incertezas sobre possíveis cortes de despesas. A meta do governo de zerar o déficit primário até o final deste ano está em foco, enquanto a arrecadação esperada para 2024 e 2025 teve revisões para cima.

Na área política, a Câmara dos Deputados aprovou um texto que propõe uma transição de três anos para o fim da desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia, além da cobrança da alíquota cheia do INSS em municípios com até 156 mil habitantes. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que o projeto de lei deve compensar totalmente o impacto fiscal do benefício em 2024.

Os economistas também elevaram suas projeções para as despesas totais do governo central para este ano e o próximo, indicando um cenário desafiador para as contas públicas nos próximos anos. A incerteza e a pressão por medidas eficazes para reverter a trajetória fiscal são pontos de atenção no cenário econômico atual.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo