Estudo aponta rejeição dos americanos latinos ao termo “Latinx” em favor de “Latino” ou “Hispânico”

Segundo um estudo recente divulgado pelo Pew Research Center, os americanos de ascendência latina ou espanhola estão rejeitando o termo inclusivo “latinx” para se autodescrever. Embora o conhecimento sobre o termo esteja aumentando, a preferência dos entrevistados ainda é pelas palavras “latino” ou “hispânico”.

A palavra “latinx” é uma forma de gênero neutro que ganhou popularidade nos últimos anos, principalmente entre grupos LGBT, políticos, celebridades, universidades e veículos de comunicação. O estudo aponta que quase metade dos entrevistados (47%) afirmaram ter ouvido o termo, em comparação com apenas 23% em 2019. No entanto, apenas 4% dos adultos latinos afirmaram ter utilizado a palavra para se descrever.

Essa questão levou a debates no Congresso, com congressistas tanto republicanos quanto democratas tomando medidas para proibir o uso de “latinx”. A governadora conservadora do Arkansas, Sarah Huckabee Sanders, inclusive eliminou o termo de documentos oficiais. Por outro lado, há defensores do termo que acreditam na importância da inclusão e da representatividade.

A discussão em torno do uso de “latinx” reflete a busca por uma linguagem mais inclusiva e sensível às questões de gênero. Enquanto alguns grupos abraçam o termo como uma forma de romper com tradições e padrões de linguagem pré-estabelecidos, outros preferem manter as palavras tradicionais que já fazem parte de sua identidade cultural.

A diversidade de opiniões e a complexidade desse debate evidenciam a importância de se discutir e refletir sobre as formas de linguagem que usamos para nos referir a diferentes grupos étnicos e culturais. A questão do “latinx” é apenas um reflexo das transformações sociais e culturais em curso na sociedade americana e em todo o mundo.

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