A decisão de cancelar o curso foi tomada pelo Ipol com o objetivo de garantir a segurança da comunidade universitária, como mencionado em comunicado oficial da instituição. A mobilização dos estudantes contrários à presença do professor de Jerusalém foi intensificada após levantarem informações sobre publicações favoráveis às Forças de Defesa de Israel feitas por Gordin nas redes sociais entre 2017 e 2020.
Os alunos de ciência política foram responsáveis por acionar o DCE da UnB, o Comitê de Solidariedade à Palestina do DF e até mesmo partidos políticos para organizar um protesto contra o professor. No entanto, o cancelamento do curso ocorreu horas antes da primeira aula, inviabilizando o ato de protesto planejado.
Em nota à imprensa, o Ipol reiterou seu compromisso com o debate, o diálogo acadêmico e a escuta da sociedade, explicando que o cancelamento foi uma medida de precaução em acordo com o docente. O professor Jorge Gordin não se manifestou até o momento.
O Centro Acadêmico do Ipol comemorou a decisão e ressaltou a importância da seleção rigorosa de expositores externos para evitar possíveis ataques à imagem de comunidades vulneráveis, como a palestina. A polêmica envolvendo a presença de Gordin na UnB levanta questões sobre liberdade de expressão, liberdade acadêmica e o papel das universidades no debate de ideias controversas.