Durante a visita de Bolsonaro ao município, na última terça-feira (10), era necessário prestar atenção no discurso para identificar o candidato apoiado pelo presidente. Ambos ex-capitães do Exército, vestindo amarelo e com um discurso pautado em valores conservadores, o candidato aliado de Bolsonaro parece ser uma cópia do próprio presidente, desde o jingle de campanha até a presença de um vice militar na chapa.
Esse comportamento imitativo, segundo a psicologia, é comum entre crianças que buscam se espelhar nos mais velhos, porém é esperado que, com o tempo, cada um encontre sua própria identidade. O problema surge quando adultos buscam imitar outros, como é o caso do candidato em questão, que mesmo após anos, ainda parece seguir os passos de seu irmão, Jair Bolsonaro.
Com 69 anos de idade, Jair Bolsonaro já está consolidado na política brasileira e não precisa de imitadores. O desafio para o candidato é apresentar suas próprias propostas e se destacar de forma independente. A imitação pode até gerar simpatia entre os eleitores mais fiéis ao presidente, mas para conquistar o voto de outros segmentos da sociedade, é necessário mostrar personalidade e propostas diferenciadas. Resta aguardar os desdobramentos dessa aliança e se o candidato conseguirá se desvencilhar da sombra de Bolsonaro para ganhar a confiança do eleitorado paulistano.
