Governo encerra Secretaria de Apoio à Reconstrução do RS após quatro meses de funcionamento

Após quatro meses de intensas atividades, a Secretaria Extraordinária para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, criada pelo governo do ex-presidente Lula (PT), encerra suas atividades nesta quinta-feira (12). O órgão emergencial será agora subordinado à Casa Civil e terá como principal desafio resolver a demora na análise dos pedidos do auxílio-reconstrução no valor de R$ 5.100 concedido pelo governo federal.

Durante a avaliação das atividades da secretaria em Porto Alegre, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o número de análises pendentes é baixo. Ele revelou que, das 374 mil famílias aprovadas para receber o auxílio, 358 mil já tiveram seus pagamentos efetuados. No entanto, o desafio está concentrado nas zonas rurais, onde muitas áreas não possuem cadastro de endereços individualizados.

Quanto aos pedidos, houve um aumento significativo, ultrapassando em 120 mil famílias a previsão inicial. Até o momento, R$ 1,9 bilhão já foi destinado para o pagamento do auxílio. O ministro Paulo Pimenta, que liderou a secretaria desde sua criação, destacou a necessidade de individualização dos endereços pelas prefeituras e ressaltou que o prazo final para os pedidos é até 15 de setembro.

Além disso, foi anunciado um montante total de R$ 98,7 bilhões destinados ao Rio Grande do Sul, com R$ 42,3 bilhões já pagos. A medida provisória que criou o órgão tinha validade de 120 dias e se encerra nessa quinta-feira.

Com a mudança ministerial, Paulo Pimenta retorna a Brasília para reassumir o cargo na Secom, enquanto o novo titular da secretaria será Maneco Hassen, ex-prefeito de Taquari e braço-direito de Pimenta. Ele chefiará os trabalhos até a extinção definitiva do órgão, em 20 de dezembro.

Durante a reunião de avaliação, estiveram presentes os ministros Waldez Góes e Jader Filho, o governador gaúcho Eduardo Leite e prefeitos de cidades atingidas pelas enchentes. Os gestores municipais manifestaram preocupação com a falta de definição de quem irá financiar as obras necessárias, como a construção de diques e a garantia de moradia para os afetados pelas enchentes.

Diante do cenário de desastres naturais e da demora na execução das obras de contenção, fica evidente a urgência e a necessidade de agilizar os processos para garantir a reconstrução e a retomada da vida dos cidadãos afetados.

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