Em nota, o BNDES argumenta que a indústria de defesa é estratégica para o país, gerando tecnologia, emprego e renda. A instituição também informa que já apoia as exportações desse setor e que continuará fazendo isso por meio da criação de um eximbank, um organismo de fomento às exportações de bens e serviços.
Essa proposta de criação de um eximbank é defendida pelo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, desde que assumiu o cargo em fevereiro. O Novo PAC, lançado em agosto, promete investir R$ 52,8 bilhões em projetos de defesa. Esses investimentos foram incluídos em um dos nove eixos estabelecidos no programa.
Essa ação foi interpretada como um gesto aos militares após as crises do fim do mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em abril, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou que o governo estudava elevar o orçamento das Forças Armadas a 2% do Produto Interno Bruto (PIB). Atualmente, é gasto 1,3% do PIB nos investimentos das Forças Armadas.
A importância do fomento à indústria é uma das bandeiras da atual direção do BNDES. Mercadante acredita que é necessário reindustrializar o país para gerar empregos de qualidade e estimular a inovação. Ele destacou que o Brasil é conhecido como a “fazenda do mundo” por seu potencial de produção de alimentos, mas ressaltou que bens industriais de alto valor agregado também são essenciais para o desenvolvimento.
Em suma, o BNDES está estudando formas de ampliar o financiamento na indústria de defesa, visto que esse setor é estratégico para o país, gerando empregos e investimentos. Essa proposta está em fase preliminar e será apresentada ao Ministério da Defesa e ao “comando de governo”. Além disso, o banco já apoia as exportações do setor e pretende manter esse apoio por meio da criação de um eximbank. A indústria de defesa também recebeu investimentos significativos no âmbito do Novo PAC.