Lula propõe formação de recrutas para combate a desastres climáticos em entrevista à Rádio Norte FM em Manaus

Em uma entrevista concedida à Rádio Norte FM em Manaus, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), manifestou sua preocupação com os desastres climáticos que estão ocorrendo em diferentes regiões do Brasil. Lula propôs a formação de recrutas especializados na defesa civil para combater incêndios e outros eventos climáticos extremos.

O ex-presidente destacou a importância de aproveitar os jovens que realizam o serviço militar obrigatório para capacitá-los e prepará-los para lidar com questões climáticas. Segundo Lula, são cerca de 70 mil jovens por ano que poderiam se tornar profissionais dedicados à proteção do planeta, das florestas, da água e da vida humana. Ele ressaltou a necessidade de preparar esses jovens, uma vez que a demanda por ações de combate aos desastres climáticos será crescente.

Além disso, Lula criticou as queimadas criminosas e defendeu o uso sustentável da floresta como forma de subsistência para as famílias da Amazônia. O ex-presidente também fez uma acusação indireta ao governador de Roraima, mencionando investigações da Polícia Federal e a suposta ligação do governador com garimpeiros.

Em relação à seca e aos incêndios na região amazônica, Lula prometeu finalmente criar a autoridade climática, uma medida anunciada durante a campanha eleitoral e que ainda não saiu do papel. Ele também pretende discutir a construção da polêmica BR-319, rodovia que divide opiniões entre políticos e ambientalistas.

A região enfrenta uma seca sem precedentes, com níveis mínimos recordes nos rios, afetando não apenas o meio ambiente, mas também a vida das comunidades locais. Os incêndios também se alastraram por diversas regiões do país, gerando uma grande quantidade de fumaça que pode atingir outros países da América do Sul.

Diante desse cenário preocupante, a proposta de Lula de formar jovens recrutas para lidar com desastres climáticos surge como uma alternativa para enfrentar os desafios decorrentes das mudanças climáticas. Resta acompanhar as ações e iniciativas que serão tomadas para colocar em prática essa proposta e proteger o meio ambiente e as comunidades vulneráveis.

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