A redução nos gastos públicos em educação não foi exclusividade do Brasil. De fato, todos os países analisados também enfrentaram essa situação. No Brasil, a participação dos gastos públicos em educação caiu de 11,2% em 2015 para 10,6% em 2021, números semelhantes aos registrados nos países da OCDE, que passaram de 10,9% para 10,0% no mesmo período.
Essa diminuição nos investimentos em educação pode ser atribuída, em grande parte, à crise socioeconômica enfrentada pelo Brasil ao longo dos últimos anos, agravada posteriormente pelos impactos da pandemia. Para lidar com a situação e promover um equilíbrio fiscal, o governo federal adotou medidas de contenção dos gastos públicos, como o teto de gastos.
Especialistas ressaltam a importância dos investimentos em educação para impulsionar o desenvolvimento do país, mas também destacam a necessidade de aumentar a eficiência dos gastos, proporcionando resultados mais abrangentes e equitativos em todas as regiões e camadas sociais do Brasil.
De acordo com os dados apresentados, o investimento do Brasil na educação básica equivale a menos de um terço do valor investido em média pelos países da OCDE. Além disso, em muitos desses países, os gastos aumentam de acordo com o nível de ensino, um padrão que não se repete no Brasil.
É importante ressaltar que a educação infantil tem sido destacada como uma etapa fundamental para reduzir desigualdades e preparar as crianças para o ensino primário. O estudo também revela que o Brasil experimentou um incremento no investimento público nessa área, superando a média dos países economicamente desenvolvidos.
Diante dos desafios da educação no país, a atenção do poder público, juntamente com a alocação adequada de recursos, tem sido vista como fundamental para melhorar o cenário educacional brasileiro, especialmente nas etapas da educação infantil, fundamental e média. Estudos indicam que cada dólar investido na primeira infância pode gerar um retorno significativo para a sociedade em diversas áreas.
