Proposta da Câmara exige substituição gradual de ônibus por energia limpa em São Paulo.

A Prefeitura de São Paulo anunciou nesta segunda-feira (18/9) a inclusão de 50 novos ônibus elétricos a bateria em sua frota de transporte público. Com essa adição, o sistema de ônibus municipais agora conta com um total de 270 veículos elétricos em circulação, sendo 201 trólebus e 19 movidos por bateria. A meta da prefeitura é que, até o final de 2024, 20% dos ônibus do município sejam movidos por energia sustentável, totalizando 2.400 veículos e colocando o Brasil como o terceiro país com maior frota de ônibus elétricos do mundo, atrás apenas da China.

A substituição gradual dos ônibus movidos a diesel por veículos elétricos é fruto do Projeto de Lei (PL) 300/2017, de autoria do vereador Milton Leite (UNIÃO), e coautoria dos vereadores Adilson Amadeu (UNIÃO), Ricardo Teixeira (UNIÃO), João Jorge (PSDB), Senival Moura (PT) e dos ex-vereadores Conte Lopes, Caio Miranda Carneiro e Gilberto Natalini, atualmente secretário executivo de Mudanças Climáticas. Essa proposta foi sancionada pela Lei nº 16.802/2018, que alterou o artigo 50 da Lei nº 14.933/2009, que trata sobre o uso de fontes motrizes de energia menos poluentes e geradoras de menos gases de efeito estufa na frota de transporte coletivo urbano de São Paulo.

A cerimônia de apresentação dos novos ônibus contou com a presença de secretários municipais, executivos de empresas e concessionárias de transporte, além dos vereadores Dr. Nunes Peixeiro (MDB), George Hato (MDB), Eliseu Gabriel (PSB), Beto do Social (PSDB) e a vereadora Dra. Sandra Tadeu (UNIÃO). Os 50 ônibus serão adquiridos pelas concessionárias de transporte público e irão substituir parte da frota de ônibus a diesel, sendo 25 da Transwolff, 12 da Transpass, 12 da Ambiental e 1 da Campo Belo.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), destacou que as concessionárias estão investindo na aquisição desses ônibus, mas que também está buscando investimentos externos para a compra de mais veículos elétricos. Ele ressaltou que o veículo elétrico tem um custo inicial mais alto em relação ao modelo a diesel, mas traz ganhos no decorrer do tempo. Enquanto o ônibus diesel custa em média R$ 700 mil e tem um custo mensal de cerca de R$ 25 mil, o modelo elétrico à bateria tem o valor de R$ 2,6 milhões e um custo mensal de aproximadamente R$ 5 mil.

Ainda de acordo com o prefeito, a autonomia da bateria dos ônibus elétricos varia entre 220 e 250 quilômetros por dia sem a necessidade de recarga, o que atende às demandas das grandes cidades, como São Paulo. Além disso, a diretora comercial da Eletra, fabricante dos ônibus elétricos, Iêda Maria Oliveira, destacou que as baterias dos veículos têm garantia de 8 anos, mas duram até 15 anos, além de exigirem baixa manutenção.

A troca gradual da frota de ônibus por veículos elétricos é uma medida importante para atingir as metas de redução da emissão de gás carbônico fóssil em 50% até 2028 e a erradicação do poluente até 2038, estabelecidas no Programa de Metas da Prefeitura 2021 – 2024 e na Lei de Mudanças Climáticas. Além de contribuir para a melhoria da qualidade do ar na cidade e a redução da poluição sonora, os ônibus elétricos representam um avanço em direção a um sistema de transporte público mais sustentável e eficiente.

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