Governo de Ortega é acusado de reprimir opositores e censurar críticas, segundo relatório da ONU, gerando preocupações internacionais.

O governo do presidente Daniel Ortega, na Nicarágua, está sendo alvo de duras críticas e denúncias por parte da comunidade internacional. Uma das principais acusações recai sobre uma nova lei proposta pelo governo, que permitiria a acusação de indivíduos no exterior por crimes como lavagem de dinheiro, terrorismo e crimes cibernéticos. Esse movimento tem levantado preocupações de que tais leis possam ser utilizadas para pressionar e intimidar cidadãos exilados e estrangeiros.

Além disso, um relatório revelou casos de detenção arbitrária e desaparecimentos forçados no país. Segundo o documento, em maio de 2024, havia 131 opositores políticos detidos de forma arbitrária, um aumento significativo em relação aos 54 registrados no ano anterior. A situação se agravou com mais 10 prisões arbitrárias ocorrendo entre junho e julho de 2024.

Um dos casos mais chocantes mencionados no relatório da ONU foi o de um homem de 70 anos na cidade de Matagalpa, que foi preso por criticar o governo em conversas informais. Esse cidadão ficou desaparecido por um mês antes de ser condenado a sete anos de prisão por tráfico de armas, em um processo judicial que não garantiu um julgamento justo.

Essas ações do governo de Ortega têm gerado grande preocupação entre organizações de direitos humanos e países que defendem a democracia e os direitos fundamentais. A comunidade internacional tem pressionado o governo nicaraguense a respeitar os direitos humanos de seus cidadãos e a garantir um sistema judicial justo e imparcial para todos. A situação política e social na Nicarágua continua sendo monitorada de perto por diversos atores internacionais.

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