O instrumento em questão é um exemplar histórico fabricado sob encomenda na Itália em 1953 pela empresa Balbiani Vegezzi-Bosi. Após chegar ao Brasil pelo porto de Santos, foi instalado na Catedral da Sé e tornou-se parte da história musical da cidade. O responsável pela restauração é o organista Delphim Rezende Porto, que, após uma longa jornada acadêmica e profissional, retorna para trazer vida às teclas do órgão mais uma vez.
A catedral, considerada a quinta maior igreja neogótica do mundo, completou 70 anos no último mês de janeiro e se tornou palco de diversos eventos inter-religiosos ao longo dos anos. O processo de restauro do órgão será realizado de forma manual, com a adição de 1.340 novos tubos para ampliar sua sonoridade e torná-lo o maior instrumento do gênero na América Latina.
Daniel Gazzaniga Rigatto, um renomado especialista em órgãos musicais, será responsável pelo trabalho minucioso de restauração do instrumento. Com a modernização do sistema de transmissão e a incorporação de novos tubos, o órgão da Sé promete se transformar em um excelente instrumento sinfônico.
Com a reinauguração se aproximando, Delphim Rezende Porto demonstra entusiasmo e já planeja o repertório que será apresentado ao público. O organista pretende homenagear sua jornada musical e trazer uma composição inédita que reflita não apenas a tradição, mas também a brasilidade do órgão da catedral. A expectativa é que, em breve, as majestosas notas musicais voltem a ecoar pelos corredores da Catedral da Sé, marcando um novo capítulo na história desse importante patrimônio cultural de São Paulo.