Desde o início de seu mandato, o governo estadual vinha prometendo a implementação do novo programa, visando melhorar a resposta rápida a crimes em locais públicos como ruas, estações de transporte e shoppings. O decreto também prevê análises de ocorrências para orientar o policiamento preventivo e a conexão de bancos de dados de interesse da segurança pública.
O Muralha Paulista terá como foco o combate a crimes violentos, como assaltos e crimes contra a vida, que possam ser identificados rapidamente por imagens captadas pelas câmeras. Além disso, locais como vias públicas, pontos de ônibus, aeroportos, condomínios residenciais e empresariais, estádios e outros também estão listados como pontos de monitoramento.
O governo pretende, ainda, prevenir o tráfico de pessoas, armas, drogas e produtos contrabandeados, além de monitorar pessoas que estejam cumprindo medidas cautelares ou sejam alvo de ordens judiciais. O programa também busca integrar câmeras particulares ao sistema, armazenando os vídeos para análises com inteligência artificial.
A marca Muralha Paulista já está sendo utilizada em sistemas da Secretaria de Segurança Pública e substituiu a logomarca Detecta, legado das gestões tucanas na segurança pública. Relatórios de pesquisa da polícia já trazem a logomarca do novo programa, indicando sua implementação desde julho.
O nome Muralha Paulista já havia sido usado em um programa de colaboração entre a pasta e o Palmeiras, resultando na prisão de 28 pessoas em jogos realizados no estádio do clube. O programa incluía a identificação de torcedores com pendências judiciais através do sistema de biometria facial das catracas eletrônicas.