Ao se formar no Sistema Rudolf Laban com Maria Duschenes, Maria passou a se dedicar também à dança, tornando-se bailarina e pesquisadora. Sua atuação no grupo Minik Momdó, com montagens de dança instalação, e seus 22 anos de docência na Escola Municipal de Bailado de São Paulo a consolidaram como uma referência no meio artístico. Mesmo com uma vasta experiência, Maria sempre optou por uma vida simples e discreta, motivada pelo amor à arte e à expressão através do movimento.
Além de sua paixão pela leitura e pela dança, Maria era uma apreciadora de brinquedos de montar e livros pop-up, encantando-se com desenhos tridimensionais e objetos geométricos. Seu interesse por cachaças também era notável, revelando um gosto refinado e curioso. Mesmo após décadas de dedicação à arte e à docência, Maria manteve o hábito diário de leitura, sempre cercada por seus gatos em casa.
Infelizmente, Maria de Fátima Mommensohn faleceu aos 70 anos, após enfrentar complicações decorrentes de um AVC. Sua filha, Naia Camargo, ressalta a forma discreta e intensa com que Maria amava, marcando sua vida não apenas como uma artista talentosa, mas também como uma pessoa afetuosa e dedicada. Sua contribuição para a dança e para a cultura brasileira fica como um legado vivo de sua paixão pela arte e pela expressão.