Presença militar dos EUA no Iraque se torna estratégica em confronto regional com Irã, apontam autoridades norte-americanas.

As autoridades norte-americanas estão concentradas em combater o Estado Islâmico, mas também reconhecem o valor estratégico de sua presença no combate à influência iraniana. Em um contexto em que Israel e Irã estão intensificando seu confronto regional, as forças dos EUA no Iraque desempenham um papel crucial, abatendo foguetes e drones disparados contra Israel nos últimos meses.

O primeiro-ministro al-Sudani, por sua vez, expressou sua gratidão pela ajuda recebida, mas ressaltou que as tropas norte-americanas têm sido alvos frequentes de ataques e muitas vezes respondem de forma não coordenada com o governo iraquiano, o que contribui para a instabilidade. Por outro lado, a presença dos EUA representa um equilíbrio delicado para al-Sudani, que busca manter o Iraque como aliado tanto de Washington quanto de Teerã.

O anúncio de um possível acordo de retirada das tropas norte-americanas provavelmente será interpretado como uma vitória política para o primeiro-ministro. Segundo informações preliminares, a primeira fase da retirada ocorreria um mês antes das eleições parlamentares iraquianas programadas para outubro de 2025. Esse prazo de dois anos daria aos EUA uma margem de manobra para ajustes caso a situação regional sofra mudanças significativas, conforme indicado por uma autoridade norte-americana.

Até o momento, o Departamento de Estado e a embaixada dos EUA em Bagdá não se pronunciaram sobre o assunto, apesar dos pedidos de comentários. A medida de retirada das tropas pode representar uma guinada nas relações entre os EUA, o Iraque e o Irã, impactando diretamente a dinâmica geopolítica da região. A comunidade internacional aguarda com expectativa os desdobramentos dessa decisão estratégica.

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