Os dados divulgados mostram que em 2022, 837 mil pessoas residiam em domicílios coletivos, o que corresponde a apenas 0,4% da população total do Brasil. Embora seja um percentual baixo, esse grupo populacional é de extrema importância para a implementação de políticas públicas, visto que inclui idosos, moradores de rua, detentos, entre outros.
Um dado significativo é que o Brasil está passando por um rápido processo de envelhecimento populacional. Atualmente, existem 55 idosos para cada 100 crianças, um aumento considerável em relação a 2010, quando esse índice era de 30. Isso demonstra a necessidade de políticas que atendam às demandas específicas desse grupo, como saúde, habitação, previdência privada e assistência social.
Além disso, a pesquisa aponta que as regiões Sul e Sudeste do Brasil têm os maiores percentuais de idosos, concentrando 82,3% dos moradores de asilos. Essa concentração apresenta desafios e exigirá medidas específicas para garantir o bem-estar e a qualidade de vida dessa parcela da população.
O perfil dos moradores de asilos é em sua maioria composto por mulheres e apresenta altas taxas de analfabetismo. Esse cenário reflete a realidade de uma população mais idosa e com menos acesso à educação formal. Já nas penitenciárias, o perfil é distinto, com a maioria dos detentos sendo homens jovens e com baixas taxas de analfabetismo.
Diante desse cenário, o país precisará se preparar para os desafios que o envelhecimento populacional trará, incluindo a necessidade de políticas públicas eficazes e a adaptação da economia para um novo perfil demográfico. A modernização e o aumento da produtividade serão fundamentais para garantir o desenvolvimento e o bem-estar da população idosa no Brasil.