Durante a apresentação, a ministra destacou a importância dos investimentos na chamada “nuvem soberana”, uma tecnologia de armazenamento de dados nacional que visa proteger informações estratégicas do país e promover uma maior integração entre os órgãos estatais. Como exemplo prático, Santos mencionou a integração de informações do Bolsa Família com o Ministério do Trabalho, visando auxiliar os beneficiários a ingressarem no mercado de trabalho.
Além disso, a ministra ressaltou a necessidade de regulamentação da inteligência artificial, apoiando o projeto de lei em discussão no Senado. Segundo Luciana Santos, a regulamentação é essencial para proteger os direitos fundamentais e a democracia diante do uso indevido da tecnologia, como casos de fake news e manipulação de informações.
Outro ponto importante abordado durante a audiência foi o potencial do Brasil na produção de semicondutores, utilizados em diversas aplicações tecnológicas. A ministra informou que a estatal brasileira Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec) será revitalizada e terá um papel estratégico na transição energética do país, principalmente no setor automotivo e em energias renováveis.
O PBIA prevê ainda investimentos em diferentes eixos de atuação do governo federal, como a inovação empresarial, infraestrutura e desenvolvimento de IA, melhorias nos serviços públicos, capacitação em inteligência artificial, além de ações de impacto imediato, com destaque para a área da saúde.
Por fim, a ministra apresentou os resultados e perspectivas do programa Conecta e Capacita, que visa expandir a internet de fibra ótica em diversos estados brasileiros, beneficiando instituições de saúde e educação. Com recursos da ordem de R$ 260,5 milhões, o programa pretende garantir uma infraestrutura de comunicação estável e eficiente para o desenvolvimento tecnológico do país.