Seca histórica no Amazonas: nível do rio Negro atinge mínima em 120 anos, impactando toda a região amazônica

Recentemente, foi divulgado que o nível do rio Negro, em Manaus (AM), teve uma queda de 25 cm em apenas 24 horas, de acordo com dados do 36º Boletim Hidrológico da Bacia do Amazonas, realizado pelo Serviço Geológico do Brasil. Essa diminuição no nível do rio faz parte de um cenário de seca severa que vem afetando a região amazônica, impactando toda a calha da bacia do rio Amazonas.

Além do rio Negro, outros rios da região também estão enfrentando mínimas históricas e cotas abaixo da normalidade, como os rios Solimões, Madeira, Acre e Amazonas. Em outubro de 2023, o rio Negro registrou seu nível mais baixo em 120 anos de medição em Manaus, atingindo a marca de 13,59 m. Da mesma forma, o rio Solimões em Tabatinga (AM) chegou a -1,35 m, a menor cota desde o início da série histórica em 1983.

Em relação ao rio Acre, em Rio Branco (AC), o nível chegou a 1,31 m, a terceira marca mais baixa da história, ficando atrás apenas de 1,30 m em 2016 e 1,24 m em 2022. O rio Amazonas também está em processo de recessão, com declínios diários de 14 cm em Parintins (AM) e 12 cm em Óbidos (PA).

Essa seca histórica que o Brasil está enfrentando já é considerada a pior registrada desde 1950, de acordo com o índice que mede as quantidades de água da chuva e evapotranspiração de plantas. A situação tende a se agravar, já que as chuvas devem atrasar, o que pode intensificar a seca em toda a região central e no Norte do país. É importante que medidas de conscientização e preservação ambiental sejam tomadas para lidar com esses impactos causados pelo clima.

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