Pesquisa revela divisão na confiança dos ministros do STF: eleitores de Bolsonaro desconfiam, enquanto os de Lula confiam. Medida de suspensão gera controvérsia.

Uma pesquisa recente apresentou resultados divergentes em relação à confiança dos brasileiros no trabalho e atuação dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com o levantamento, 49,7% dos participantes afirmaram não confiar nos membros da Corte, enquanto 46,6% disseram confiar, dentro da margem de erro.

Um dado interessante destacado na pesquisa foi a diferença de percepção entre os eleitores do presidente Jair Bolsonaro e do ex-presidente Lula. Enquanto 94,7% dos apoiadores de Bolsonaro afirmaram não confiar nos ministros do STF, 87,4% dos eleitores de Lula demonstraram confiança na atuação da Corte.

Na última sexta-feira (30), o ministro Alexandre de Moraes tomou uma decisão polêmica ao determinar a suspensão de uma rede social que se recusou a indicar um representante no país dentro do prazo estabelecido pelo tribunal. A medida foi tomada com base no Marco Civil da Internet, que prevê a suspensão de páginas em casos de descumprimento de determinações judiciais.

A decisão de Moraes gerou opiniões divididas entre os entrevistados da pesquisa. Enquanto 55,1% consideraram o bloqueio das contas da rede social como “abusivo”, 44% justificaram a ação do ministro como necessária para garantir o cumprimento das ordens judiciais.

Além disso, a suspensão da rede social também levantou questionamentos sobre seu impacto na democracia. Mais da metade dos entrevistados (54,4%) acreditam que a medida contribui para o enfraquecimento da democracia, sendo que esse número é ainda maior entre os eleitores de Bolsonaro, com 96,2% demonstrando preocupação nesse sentido. Já entre os apoiadores de Lula, 90% acreditam que a determinação fortalece os pilares democráticos.

Diante desses resultados e do cenário político atual, é evidente que a confiança na atuação do STF e as medidas adotadas pelos ministros continuam sendo temas de grande relevância e debate entre os brasileiros. O equilíbrio entre a garantia da ordem jurídica e o respeito aos direitos individuais é um desafio constante para a Suprema Corte e para a sociedade como um todo.

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