De acordo com a concessionária, funcionários estavam cortando uma estrutura de aço quando uma fagulha acidentalmente atingiu um recipiente de fibra, desencadeando o incêndio. Os bombeiros foram acionados e, felizmente, o fogo foi rapidamente controlado pelos próprios funcionários, sem causar vítimas. Um painel de Ziraldo, datado de 1967 e que decora a parte interna do Canecão, não foi atingido.
A reconstrução do Canecão não será afetada pelo incidente, conforme garantido pela Bônus Klefer. O espaço deverá ser reaberto em 2026, porém, não mais como uma casa de shows tradicional. A nova estrutura contará com cinco pavimentos e terá salas de exposição, restaurantes e uma sala para shows, concertos e peças teatrais, com capacidade para até 6.000 pessoas, superando a lotação máxima anterior de 3.000 pessoas.
A reforma está estimada em R$170 milhões e incluirá a demolição total da estrutura remanescente do antigo Canecão, além da abertura de um bosque de 5.000 m² e área de livre circulação para frequentadores e moradores. A concessionária também se comprometeu em restaurar o painel de Ziraldo, conhecido como “Última Ceia”.
Essa reforma marca o desenlace de uma longa disputa judicial entre a antiga administração do Canecão e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), dona do terreno em Botafogo. A batalha legal terminou em 2010, quando a Justiça Federal determinou que a UFRJ assumisse o terreno e o Canecão encerrou suas atividades.
Em 2023, o consórcio formado pelas empresas Bônus Track e Klefer venceu a licitação para administrar o Canecão pelos próximos 30 anos. A reconstrução do icônico espaço cultural do Rio de Janeiro promete trazer novas opções de entretenimento e lazer para os cariocas e turistas.