A trama gira em torno de João, interpretado brilhantemente por André Santos, um advogado que carrega consigo as memórias de sua avó, Dona Glória, interpretada por Miriam Limma, que sofre de Alzheimer. Em meio à pandemia do COVID-19, João decide resgatar as tradições ancestrais de sua avó, levando-a consigo para que essas recordações não se percam no tempo.
Sob a direção de Eduardo Silva, o espetáculo mergulha no universo da ancestralidade e da oralidade, elementos fundamentais da cultura africana. A conexão entre o termo Quilombo, que vai além do simples esconderijo, e ORI, que significa alma, inteligência e essência do ser, evidencia a profundidade e a complexidade da narrativa.
É importante ressaltar que o Quilombo MemÓRIA é escrito, dirigido e interpretado por artistas negros, que buscam dar voz e visibilidade à cultura afrodescendente. Além disso, a produção conta com a participação de profissionais negros em todas as etapas criativas do projeto, reforçando a importância da representatividade no meio artístico.
A duração do espetáculo é de 70 minutos, com classificação indicativa de 12 anos e diversas acessibilidades para garantir uma experiência inclusiva a todos os espectadores. A produção é da LS Gestão e Comunicação Cultural, com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Cultura e Economia e Indústrias Criativas, Governo Federal, Ministério da Cultura e Lei Paulo Gustavo.
Em resumo, o Quilombo MemÓRIA é uma obra que valoriza e celebra a riqueza da cultura africana, promovendo reflexões e emoções profundas em todos os que têm o privilégio de assisti-la. Uma verdadeira ode à ancestralidade e à oralidade, repleta de significados e simbolismos que ecoam na mente e na alma do público.
