CAE aprova estatuto profissional para trabalhadores celetistas em cooperativas, reforçando direitos trabalhistas e segurança jurídica à categoria.

Na última terça-feira (3), a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou um projeto que cria o estatuto profissional dos trabalhadores celetistas em cooperativas, visando fortalecer os direitos trabalhistas dessa classe. O PL 537/2019 foi apoiado pelo relator, senador Fernando Dueire (MDB-PE), que destacou a importância do projeto para garantir direitos como previsão de jornada de trabalho, sindicalização e piso salarial aos trabalhadores cooperados.

De acordo com o senador Dueire, o projeto não propõe nada de novo, mas apenas reforça o que já está previsto na Constituição e na legislação brasileira em relação aos direitos trabalhistas dos trabalhadores cooperados. Ele ressaltou que é fundamental assegurar esses direitos e que o projeto trará mais segurança jurídica para a categoria.

Um dos pontos importantes do projeto é a livre associação profissional ou sindical dos trabalhadores celetistas em cooperativas, garantindo a representação por organizações sindicais específicas e exclusivas da categoria. Essa medida visa fortalecer a representatividade dos trabalhadores e garantir seus direitos.

Durante a análise do projeto, o senador Dueire rejeitou uma emenda do senador Paulo Paim (PT-RS) que pretendia retirar um trecho do texto. Segundo Paim, a repetição de direitos sociais poderia gerar confusão com o que já está previsto na Constituição e na CLT, mas a emenda foi rejeitada.

Além disso, o projeto estabelece direitos como jornada normal de trabalho de 8 horas diárias e 44 horas semanais, podendo ser alterada por convenção coletiva ou acordo individual. O piso salarial será fixado também em convenção coletiva ou acordo de trabalho.

Em resumo, o estatuto profissional dos trabalhadores celetistas em cooperativas visa fortalecer os direitos trabalhistas dessa categoria, garantindo segurança jurídica, representatividade sindical e condições dignas de trabalho para esses profissionais. O texto agora será analisado no Plenário juntamente com o requerimento de urgência aprovado na CAE.

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