PIB do Brasil registra crescimento acima do esperado, alcançando ritmo não visto desde 2013; Economistas surpreendidos com resultados.

A economia brasileira surpreendeu ao apresentar um crescimento de 14% no segundo trimestre de 2024, o maior registro desde 2013. Analisando os dados do IBGE, é possível perceber que o ritmo de crescimento foi ainda mais acelerado do que no segundo semestre de 2020, quando o país estava se recuperando da paralisação causada pela pandemia de Covid-19.

Os economistas não previam essa alta tão expressiva, o que indica que o entendimento sobre a atividade econômica pode estar equivocado. A taxa de investimento, por exemplo, atingiu 16,8% no segundo trimestre deste ano, um valor próximo do registrado nos anos anteriores à epidemia. Esse baixo investimento pode resultar em inflação ou déficit externo, apontando para a necessidade de maior eficiência nesse quesito.

Além disso, a taxa de desemprego está em 6,8%, o que pode gerar pressão inflacionária devido ao aumento dos salários. A massa salarial tem crescido a um ritmo impressionante de 8% ao ano, já descontando a inflação, o que pode impactar o cenário econômico no futuro.

Mudanças significativas na economia, como o aumento do gasto público, a expansão do setor agropecuário e o avanço do petróleo, podem influenciar essa recuperação econômica. No entanto, ainda há incertezas sobre a durabilidade desse cenário positivo e as possíveis consequências de um aumento acelerado e pouco eficiente do gasto público.

No futuro imediato, é esperada uma desaceleração, com o aumento das taxas de juros de mercado e uma menor expansão do gasto público no próximo ano. A economia vive um momento de crescimento acelerado, mas a dúvida persiste sobre os motivos dessa melhora e a sua continuidade a longo prazo.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo