Os economistas não previam essa alta tão expressiva, o que indica que o entendimento sobre a atividade econômica pode estar equivocado. A taxa de investimento, por exemplo, atingiu 16,8% no segundo trimestre deste ano, um valor próximo do registrado nos anos anteriores à epidemia. Esse baixo investimento pode resultar em inflação ou déficit externo, apontando para a necessidade de maior eficiência nesse quesito.
Além disso, a taxa de desemprego está em 6,8%, o que pode gerar pressão inflacionária devido ao aumento dos salários. A massa salarial tem crescido a um ritmo impressionante de 8% ao ano, já descontando a inflação, o que pode impactar o cenário econômico no futuro.
Mudanças significativas na economia, como o aumento do gasto público, a expansão do setor agropecuário e o avanço do petróleo, podem influenciar essa recuperação econômica. No entanto, ainda há incertezas sobre a durabilidade desse cenário positivo e as possíveis consequências de um aumento acelerado e pouco eficiente do gasto público.
No futuro imediato, é esperada uma desaceleração, com o aumento das taxas de juros de mercado e uma menor expansão do gasto público no próximo ano. A economia vive um momento de crescimento acelerado, mas a dúvida persiste sobre os motivos dessa melhora e a sua continuidade a longo prazo.