Deputada Laura Sito, do PT, é agredida pela Guarda Municipal durante ocupação de prédio em Porto Alegre.

Neste sábado (16), a deputada estadual gaúcha Laura Sito (PT) denunciou uma agressão por parte da Guarda Municipal de Porto Alegre enquanto acompanhava a ocupação de um prédio no centro histórico da cidade. A parlamentar, que preside a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, registrou boletim de ocorrência em uma delegacia de polícia.

Em vídeos compartilhados nas redes sociais, é possível ver um agente da Guarda Municipal disparando jatos de spray contra a deputada e pessoas próximas. Além disso, a deputada afirmou ter sido atingida por estilhaços de bala de borracha e gás lacrimogêneo. “Acabo de ser agredida pela Guarda Municipal do prefeito bolsonarista Sebastião Melo (MDB) em Porto Alegre. Levei tiro de bala de borracha e muito gás lacrimogêneo, enxergando somente por um olho”, disse Laura Sito.

De acordo com militantes presentes no local, eles buscavam levar alimentos para as pessoas que estavam ocupando o prédio, mas foram impedidos pelos agentes da Guarda Municipal, o que resultou em uma confusão. O Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), que está envolvido na ocupação, afirma que o prédio deveria ser reformado pela prefeitura para abrigar atividades artísticas. No entanto, segundo o movimento, o imóvel encontra-se abandonado e há o receio de que seja vendido pelo município.

Em resposta às denúncias, a Prefeitura de Porto Alegre afirmou que o grupo ocupa o edifício de forma irregular e que já está negociando para recuperar o imóvel. O secretário municipal de Habitação e Regularização Fundiária, André Machado, afirmou que há uma decisão de destinar o prédio para habitação social, mas lamentou que o processo não tenha sido conduzido por meio de uma mesa de negociação.

A bancada do PT na assembleia gaúcha repudiou a ação da Guarda Municipal e cobrou uma apuração imediata dos agentes envolvidos no caso. Segundo a bancada, não houve nenhuma ação dos movimentos sociais que justificasse a intervenção ostensiva da Guarda Municipal. A Prefeitura de Porto Alegre anunciou a abertura de um procedimento administrativo para apurar as circunstâncias do conflito e afirmou que este tipo de abordagem não condiz com as ações da corporação, que são pautadas no diálogo e na segurança de todos os envolvidos.

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