Entre os terroristas responsáveis pelo sequestro, o checheno Nur-Pashi Kulayev foi o único capturado com vida, sendo posteriormente condenado à prisão perpétua em 2006. Apesar de suas alegações de inocência, Kulayev foi considerado culpado pelos eventos que resultaram na morte de tantas pessoas inocentes naquele fatídico dia.
A tragédia de Beslan foi amplamente reconhecida como um momento de extrema dor e trauma para os sobreviventes, que acusaram as autoridades russas de agirem de forma inadequada durante o cerco. O uso de tanques, lança-chamas e lança-granadas teria contribuído para o elevado número de mortos e feridos, gerando críticas tanto no país quanto internacionalmente.
Em 2017, a Corte Europeia de Direitos Humanos emitiu uma decisão condenando a Rússia pelo uso excessivo de força durante a operação de resgate, o que resultou na perda de muitas vidas inocentes. O Kremlin, por sua vez, rejeitou as críticas do tribunal, destacando a complexidade da situação e a necessidade de preservar a soberania nacional.
O presidente Vladimir Putin, que enfrentou duras críticas em relação ao manejo da crise de Beslan, fez questão de mencionar o evento como um ataque não apenas à escola, mas a toda a nação russa. Sua visita à cidade da Ossétia do Norte, onde depositou flores em um memorial na escola, foi vista como um gesto de respeito às vítimas e suas famílias, mas não suficiente para apagar as marcas deixadas por aquele trágico dia.