Seca histórica no Rio Solimões deixa pequeno lago isolado e aprisiona peixes e jacaré na região amazônica.

Uma situação alarmante está sendo vivenciada no Amazonas, especialmente no Rio Solimões, que enfrenta a maior seca da história. De acordo com o 35º Boletim Hidrológico da Bacia do Rio Amazonas, divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), Tabatinga (AM) registrou uma cota de -94 cm, superando a mínima histórica de -86 cm, que ocorreu em 2010. Em apenas 24 horas, o rio teve uma redução de 16 cm, evidenciando a gravidade da situação.

O gerente de Hidrologia e Gestão Territorial da Superintendência Regional de Manaus (SUREG-MA), Andre Martinelli, alertou para a precocidade com que o Solimões atingiu essas cotas negativas. Em anos anteriores, a mínima só era alcançada em outubro, o que torna o cenário atual ainda mais preocupante. As projeções indicam que, com a previsão de chuvas abaixo do esperado para as próximas semanas, a situação pode se agravar ainda mais.

Essa crise no Rio Solimões também pode impactar outros trechos, como o Rio Negro, em Manaus (AM). O boletim aponta que o Rio Negro está atualmente na cota de 20,27 m, 2,60 m abaixo do normal para esta época do ano. A queda no nível dos rios pode trazer consequências ambientais desastrosas, afetando a biodiversidade da região e a vida de comunidades ribeirinhas que dependem desses recursos hídricos para sua subsistência.

Diante desse cenário preocupante, é fundamental que as autoridades competentes e a sociedade como um todo estejam atentas e adotem medidas para minimizar os impactos dessa seca histórica. A preservação e o uso sustentável dos recursos naturais tornam-se ainda mais urgentes em momentos como esse, em que a natureza clama por socorro diante dos desafios impostos pelo desequilíbrio ambiental.

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