Ato inter-religioso em memória de Luiz Felipe, vítima de violência, é promovido pelo MNPR/RJ na Praça Mauá, no Rio de Janeiro.

No último sábado (31), o Movimento Nacional da População em Situação de Rua do Rio de Janeiro (MNPR/RJ) realizou um comovente e simbólico ato inter-religioso em memória de Luiz Felipe Silva dos Santos, vítima de um brutal assassinato na semana passada. Luiz Felipe, um homem de 43 anos que vivia em situação de rua, foi morto a pauladas por um segurança da boate e bar Flórida, localizada na Praça Mauá, zona portuária do Rio de Janeiro.

O autor do crime, identificado como Carlos Alberto Rodrigues do Rosário Júnior, após um desentendimento com a vítima, perseguiu e a agrediu até a morte, deixando seu corpo abandonado na calçada. As imagens das câmeras de segurança do local foram cruciais para a identificação e prisão do suspeito pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).

O ato realizado pelo MNPR/RJ teve como objetivo não apenas homenagear Luiz Felipe, mas também chamar a atenção da sociedade para a valorização da vida e para a defesa dos direitos de todos. Em um momento de profunda tristeza, Paulo Celso de Souza, da coordenação municipal do movimento, ressaltou a importância de construir um mundo mais justo e humano, onde atos de violência como o que vitimou Luiz Felipe não se repitam.

O deputado federal Reimont (PT-RJ), coordenador da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Pessoa em Situação de Rua, também se pronunciou sobre o caso, exigindo respeito e dignidade para todas as pessoas em situação de rua. O Movimento Nacional de População em Situação de Rua do RJ emitiu uma nota de repúdio ao crime e de solidariedade a Luiz Felipe, expressando profundo pesar e indignação pela forma cruel como ele foi morto.

Luiz Felipe, que foi enterrado no cemitério de Ricardo de Albuquerque, deixou para trás uma esposa e três filhos. Após perder a mãe, com quem tinha uma forte ligação, acabou se envolvendo com o álcool e as drogas, afastando-se da família e encontrando nas ruas um triste destino. A sociedade como um todo precisa refletir sobre a desumanização e violência enfrentada pelas pessoas em situação de rua, de modo a garantir que atrocidades como essa não se repitam.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo