As peças foram identificadas pelo Iphan em um leilão, onde características indicavam que se tratava de bens tombados. Após a identificação, as peças foram imediatamente retiradas do evento, de acordo com as regulamentações vigentes.
O Iphan tinha catalogado as obras sacras como bens culturais procurados e disponibilizou a lista no seu site oficial para consulta. As peças recuperadas e devolvidas à igreja apresentam gravações em latim no escudo central, remetendo à sua origem e significado religioso.
As investigações sobre o caso tiveram início em outubro de 2023, após a Polícia Federal receber informações do Iphan. Os policiais apreenderam as peças para análise e um laudo de inspeção confirmou que as obras foram produzidas na segunda metade do século 15.
A devolução das peças à igreja foi autorizada após um parecer técnico do Iphan, um laudo de perícia criminal federal e a decisão da 4ª Vara Federal do Rio de Janeiro. As peças foram entregues ao secretário-geral da Venerável e Arquiepiscopal Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo, Armindo Fernandes Dinis, em um ato simbólico que marca a recuperação do patrimônio cultural da igreja.