Um dos principais motivos apontados para essa redução nas exportações é a postura da China, que diminuiu significativamente suas compras de produtos agrícolas dos EUA desde as tarifas impostas por Trump em 2018. Como resultado, o país asiático tem optado por adquirir mais produtos do setor agropecuário brasileiro, gerando um prejuízo estimado em cerca de US$ 10 bilhões para os Estados Unidos nos próximos anos.
Além disso, o Usda prevê que as importações agrícolas dos EUA em 2025 atingirão o recorde de US$ 212 bilhões, resultando em um déficit na balança comercial do setor estimado em US$ 42,5 bilhões. A competição de países como Brasil e Ucrânia, que ganharam espaço nas compras chinesas, também é apontada como um fator que contribui para a queda das exportações norte-americanas.
No caso específico de produtos como soja, milho, algodão e carnes, a concorrência com o Brasil tem sido um desafio para os produtores dos EUA. A China tem preferido realizar suas compras desses produtos no país sul-americano, o que tem impactado negativamente as exportações dos norte-americanos.
Além disso, a redução na produção de alguns produtos, a queda nos preços internacionais e a menor demanda por maquinário agrícola também têm contribuído para o cenário desfavorável enfrentado pelos produtores agropecuários dos Estados Unidos. Enquanto isso, países como Argentina estão se recuperando da seca e buscando maneiras de impulsionar suas exportações agrícolas.
Dessa forma, a herança deixada pela política externa de Trump continua sendo um desafio para o setor agropecuário dos Estados Unidos, que precisa se adaptar às novas realidades do mercado internacional para manter sua competitividade e garantir sua sustentabilidade no longo prazo.