Elon Musk, conhecido por seu apoio ao grupo político do ex-presidente Jair Bolsonaro, tem enfrentado desavenças com Moraes desde o início do ano, principalmente em questões que envolvem decisões judiciais relacionadas a contas de apoiadores bolsonaristas nas redes sociais. A tensão entre os dois aumentou em agosto, quando Musk desafiou a ordem judicial de manter ativo o perfil do senador Marcos do Val (Podemos-ES), resultando em uma multa para a representação da plataforma no Brasil.
Diante das provocações de Musk e da decisão do empresário de encerrar as atividades da empresa no país, Moraes ordenou que fosse indicado um representante legal da companhia como requisito mínimo para a continuidade das operações da plataforma no território brasileiro.
Caso não cumpra o prazo estabelecido, a plataforma X será a terceira rede social a ser suspensa no Brasil. Em 2022, o Telegram foi suspenso por não obedecer decisões judiciais relacionadas ao Inquérito das Fake News, mas a suspensão foi revogada após a empresa designar um representante legal e cumprir as exigências do STF. No ano seguinte, o Telegram foi suspenso novamente, dessa vez pela Justiça Federal, por não fornecer dados solicitados pelo Ministério da Justiça em uma investigação sobre grupos neonazistas.
Portanto, a tensão entre Alexandre de Moraes e Elon Musk continua a crescer no cenário nacional, com consequências potencialmente graves para a plataforma X se as exigências judiciais não forem atendidas. A decisão final caberá ao empresário e à empresa em cumprir ou não as determinações do STF.