Ainda não há uma data definida para o início do treinamento, mas a expectativa é que ele possa ser iniciado ainda no segundo semestre deste ano. Cerca de 40 policiais haitianos devem participar do treinamento na Academia Nacional de Polícia em Brasília, com a possibilidade de grupos adicionais serem treinados no futuro. A Polícia Nacional Haitiana conta atualmente com cerca de 10 mil membros, enfrentando desafios de deserções ao longo dos anos.
Além do treinamento, a chanceler haitiana discutiu questões migratórias com o Ministério da Justiça do Brasil. Mais de 160 mil haitianos vivem no Brasil, e há um grande número de pedidos de reunião familiar feitos ao ministério. A preocupação com uma possível fuga de cérebros também foi abordada, com destaque para a emigração de haitianos com maior formação social e renda para o Brasil.
O Brasil também pretende inaugurar um centro de formação profissional no sul do Haiti, com base no modelo do Senai brasileiro. A troca de conhecimento e capacitação entre os dois países é fundamental para impulsionar o desenvolvimento e a segurança no Haiti. A presença de policiais estrangeiros, como os policiais quenianos já mobilizados, traz uma expectativa de melhoria, mas especialistas alertam que a questão das gangues armadas deve ser tratada de forma mais ampla, incluindo o controle do acesso a armas. A colaboração entre Brasil e Haiti é um passo importante na promoção da segurança e no fortalecimento das instituições policiais haitianas.