BYD anuncia início da produção de veículos híbridos no Brasil a partir de 2025, em sua planta em Camaçari, Bahia.

A fabricante chinesa BYD anunciou que iniciará a produção de veículos híbridos no Brasil a partir do primeiro semestre de 2025, em sua planta localizada em Camaçari, Bahia. A empresa pretende investir em tecnologia para desenvolver um modelo de carro flexível, capaz de funcionar com etanol, gasolina e eletricidade, aproveitando as abundantes matérias-primas brasileiras e buscando liderar a inovação energética mundial.

Segundo o vice-presidente e diretor comercial e de marketing da BYD, Alexandre Baldy, a intenção é eliminar a ideia de que o etanol só é vantajoso em uma proporção de 70% em relação à gasolina. Ele ressaltou a importância de aproveitar a oportunidade de estar na vanguarda da transição energética, destacando o potencial do Brasil nesse cenário.

O modelo a ser montado em Camaçari é o SUV Song, que já é vendido no país em duas versões por valores entre R$200 mil e R$240 mil. A expectativa é de que, até 2025, o Brasil atinja a marca de 70% de carros híbridos e 30% de veículos totalmente elétricos.

Um dos desafios atuais é a expansão da infraestrutura de pontos de recarga elétrica no país, devido à sua extensão territorial. Porém, a BYD já desenvolveu tecnologia que permite um veículo percorrer mil quilômetros com 100% de carga na bateria. Além disso, é necessário ampliar o acesso a baterias e energia solar, políticas essas que devem ser implementadas como uma estratégia governamental.

O CEO da Raízen Power, Frederico Saliba, enfatizou a importância de políticas públicas para promover a incorporação de baterias como solução para absorver a energia solar. Ele também mencionou o desejo de transformar cidades em espaços inteligentes e silenciosos, apoiando projetos nesse sentido. A BYD planeja montar 12 modelos diferentes no Brasil, entre eles a picape Shark, condicionada à aceitação do mercado nacional.

O investimento previsto para a fábrica da BYD na Bahia aumentou de 3 bilhões para 5,5 bilhões, com a previsão de produção de 150 mil veículos por ano na primeira fase e chegando a 300 mil veículos na segunda etapa. O complexo ocupará a área anteriormente ocupada pela Ford, demonstrando a aposta da BYD no potencial brasileiro para liderar a inovação no setor automotivo.

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