O deputado Paulo Magalhães, do PSD da Bahia, apresentou um relatório favorável ao prosseguimento da representação feita pelo partido Novo, o que poderia levar à cassação do mandato de Glauber Braga. Após a leitura do relatório, Glauber acusou Arthur Lira de ser o mentor por trás da tentativa de cassação e ainda chamou Magalhães de “mentiroso”, alegando que o relatório teria sido “comprado”.
Durante a discussão, houve um embate entre Glauber Braga e Leur Lomanto Júnior, presidente do Conselho de Ética, que ameaçou cortar o microfone do deputado caso ele continuasse a chamar Arthur Lira de “bandido”. O clima ficou tenso e a votação foi adiada devido ao pedido de vista feito pelo deputado Chico Alencar, também do PSOL.
O processo no Conselho de Ética é apenas o primeiro passo em direção à possível cassação do mandato de Glauber Braga. Caso o parecer preliminar de Paulo Magalhães seja aprovado, a decisão final será tomada pelo plenário da Câmara, que exigirá o voto de pelo menos 257 dos 513 parlamentares para que a punição seja efetivada.
Glauber Braga sempre defendeu sua atitude durante o incidente de abril, no qual agrediu o militante do MBL. Ele alegou que o episódio não foi isolado e que já vinha sofrendo provocações da parte do militante. O clima de animosidade entre os parlamentares envolvidos na discussão reflete a polarização política e a falta de diálogo que têm marcado o cenário político do país nos últimos anos.