De acordo com o texto aprovado, a idea é promover a alternância entre os sexos no preenchimento das vagas parlamentares. A primeira posição seria ocupada pela candidata mulher mais votada do partido, alternando-se com o candidato homem mais votado até que as mulheres representem 30% das cadeiras destinadas ao partido. Os demais lugares seriam ocupados de acordo com a ordem de votação nominal, sem distinção de gênero.
Segundo a senadora Zenaide Maia, a proposta visa garantir uma participação mais igualitária das mulheres no Parlamento. Atualmente, as mulheres representam apenas 17,7% das cadeiras na Câmara dos Deputados e 14,8% no Senado, apesar de constituírem mais da metade da população brasileira e do eleitorado.
Além disso, o projeto também prevê a reserva de vagas no Senado em caso de renovação de dois senadores por estado. Nesse caso, ao menos uma das vagas seria destinada a uma candidata mulher. A senadora Rosana Martinelli (PL-MT) destacou a importância da aprovação do projeto, ressaltando a capacidade das mulheres atuarem em qualquer segmento, inclusive na política.
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) enfatizou a necessidade de equidade de gênero no Senado, lembrando que a primeira mulher a assumir uma vaga na Casa foi em 1979. O senador Paulo Paim, presidente da CDH e autor do projeto, comemorou o resultado da votação, ressaltando a importância histórica da medida para garantir a representatividade feminina no Poder Legislativo.