Segundo o cruzamento de dados feito pelo Ipam, dos 2.600 focos de calor registrados entre os dias 22 e 24 deste mês, 81% ocorreram em áreas de uso agropecuário, como cana-de-açúcar e pastagens. As imagens de satélite capturaram o momento em que as colunas de fumaça surgiram de maneira rápida e intensa, indicando a gravidade da situação.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, fez comparações com o “dia do fogo” ocorrido em 2019 no Pará, levantando a possibilidade de ações criminosas por trás desses incêndios. No entanto, o governador Tarcísio de Freitas afirmou que não há evidências de que os incêndios em São Paulo foram coordenados.
A diretora do Ipam, Ane Alencar, ressaltou a importância de reduzir o uso do fogo no manejo agropecuário, apontando a urgência em tomar medidas para evitar danos ainda maiores. Apesar de historicamente as queimadas terem sido utilizadas na colheita da cana-de-açúcar, atualmente 99% da colheita no estado de São Paulo é feita sem queima, de acordo com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento.
A polícia paulista identificou seis suspeitos responsáveis por atear fogo em áreas específicas, mas até o momento não confirmou qualquer relação entre os casos. As autoridades continuam investigando os incêndios e aplicando multas para garantir a segurança e preservação do meio ambiente no estado de São Paulo.