A transcrição da Casa Branca revelou que Biden teve dificuldades para se expressar de forma clara durante a coletiva. Ele mencionou algo sobre garantir acesso à mudança no Terceiro Mundo, mas se desculpou e ficou confuso, ao ponto de a porta-voz Karine Jean-Pierre interrompê-lo e encerrar o evento.
A imprensa explorou amplamente o ocorrido, com o New York Post e outros veículos destacando o momento embaraçoso de Biden. Porém, o New York Times tentou defender o presidente, argumentando que as críticas sobre sua idade e saúde são alimentadas por seus oponentes políticos com o intuito de minar suas realizações.
No entanto, um colunista do Washington Post, David Ignatius, publicou um artigo afirmando que o presidente Biden não deveria concorrer à reeleição em 2024. Ignatius mencionou dois grandes obstáculos para uma nova candidatura de Biden: sua idade, que o colocaria como presidente aos 82 anos, e a vice-presidente Kamala Harris.
Ignatius argumentou que seria mais sábio para o país encontrar uma nova liderança para derrotar Donald Trump, destacando que Biden corre o risco de desfazer sua maior conquista, que foi impedir o ex-presidente de se reeleger.
Essa coluna do Washington Post acabou dominando as manchetes e se tornando o destaque da semana para Biden, superando até mesmo o início do processo de impeachment na Câmara e as investigações envolvendo seu filho na Justiça. De acordo com o New York Times, Ignatius é considerado um dos colunistas preferidos do presidente. Sua opinião foi respaldada pela colunista Maureen Dowd, também do NYT.
Na Fox News, Jesse Watters foi além e chamou Ignatius de “mordomo da CIA”, afirmando que agora é aceitável para a mídia democrata pedir respeitosamente para o presidente não buscar um segundo mandato.
Além disso, a crise da Covid-19 levou a divisões no mundo, com a Bloomberg destacando que muitos países estão procurando soluções fora da ONU. Países como Índia e Brasil estão redirecionando sua energia para o Brics, pois sentem que foram abandonados pelos países ricos na distribuição de vacinas.
Em resumo, a semana de Biden foi marcada pela controvérsia em torno de sua coletiva de imprensa no Vietnã, pela coluna de David Ignatius sugerindo que ele não deveria concorrer novamente em 2024 e pela desilusão de muitos países em relação à ONU devido à crise da Covid-19.
