O reitor afirmou que, devido a problemas que presenciou, decidiu não subir à sala de totalização e não participar do anúncio do primeiro boletim que apontou a vitória de Maduro com 80% das urnas apuradas. Ele relatou que houve despejo de testemunhas em vários centros eleitorais, falta de transmissão de código QR ao centro de dados dos comandos e alegados ataques hacker.
Boscán também criticou a falta de transparência no processo eleitoral e destacou que, considerando sua experiência de mais de 20 anos no CNE, a jornada eleitoral deste ano teve relativamente poucas incidências até as 5h da tarde do dia da votação. Porém, após esse horário, ocorreram problemas como despejo de testemunhas da oposição e interrupção na transmissão de dados dos resultados para os centros de totalização do CNE.
Além disso, o reitor criticou a não publicação dos votos por mesa eleitoral dentro do prazo previsto e a suspensão de auditorias após a votação. Ele também se manifestou sobre a decisão do Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela, explicando sua ausência e defendendo que a resolução do conflito deve ocorrer dentro do próprio organismo eleitoral.
Boscán fez uma série de críticas ao processo eleitoral, como a escolha da data da eleição, a exclusão de partidos aptos a participar, a restrição da participação de observadores internacionais, entre outros pontos. O impasse político na Venezuela persiste, com acusações do governo contra a oposição e investigações sobre possíveis falsificações de atas eleitorais.