“O Banco Central precisa compreender que combater a inflação não tem apenas uma abordagem, que é a restrição de crédito e o aumento dos juros. A inflação também pode ser controlada com oferta, com mais produção, aumentando o poder aquisitivo da classe trabalhadora do país. Durante os governos Lula 1 e 2, conseguimos controlar a inflação através do aumento da produção”, destacou o ministro.
Marinho ressaltou que o setor produtivo do Brasil ainda não utilizou totalmente sua capacidade instalada e há espaço para aumentar a produção. Ele enfatizou a importância de planejar novos investimentos para combater a inflação sem recorrer ao aumento dos juros ou à restrição de crédito.
Além disso, o ministro do Trabalho antecipou resultados positivos sobre a geração de empregos, que serão divulgados esta semana com base nos dados de julho do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Marinho afirmou que nos sete primeiros meses deste ano, o número de empregos gerados é maior do que durante todo o ano passado, destacando o desenvolvimento da indústria. No Rio Grande do Sul, houve uma retomada na geração de empregos em julho após meses negativos causados pelas enchentes.
Porém, Marinho também ressaltou os desafios enfrentados pela Pasta devido ao “Déficit fiscal zero”. Ele expressou sua perspectiva de que o compromisso fiscal deveria ser a longo prazo, ao invés de ser cumprido em apenas um ano. O ministro destacou que, devido a essa situação, muitas áreas podem enfrentar falta de orçamento para executar atividades.