O mês de setembro em Brasília é marcado pela maior seca do ano, o que contribui para o aumento de queimadas naturais na região. Até o último domingo, o Distrito Federal já havia registrado 93 ocorrências de incêndios, que resultaram em danos superiores a 220 hectares de área atingida.
Apesar de os números estarem dentro da média para a época, especialistas apontam que a quantidade de fumaça presente no céu de Brasília é maior do que o esperado. A cidade já completa mais de 120 dias sem chuvas, desde a última ocorrência em abril.
Os incêndios também atingiram outras regiões do país, como São Paulo, que teve 4.973 focos de incêndio registrados até 23 de agosto, o maior número desde 1998. Além disso, outros estados como Minas Gerais também foram afetados pelas chamas, causando acidentes, interrupção de aulas e deixando duas pessoas mortas e 66 feridas.
Diante do cenário preocupante, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, para discutir as suspeitas de ações criminosas nos incêndios que têm se intensificado nos últimos dias no país. A Polícia Federal abriu 31 inquéritos para investigar as origens do fogo, incluindo dois em São Paulo, onde mais de 30% dos focos de calor foram registrados recentemente.
A situação dos incêndios florestais no Brasil é delicada e as autoridades estão em alerta para conter os danos ambientais e proteger a população afetada pela fumaça e pela fuligem que pairam sobre as cidades.