Incêndios florestais na região Sudeste causam fumaça no céu de Brasília, elevando índice de poluição do ar.

Nesta segunda-feira, o céu de Brasília amanheceu coberto por uma densa fumaça, resultado dos incêndios florestais que assolam a região Sudeste do país. O cenário de névoa e fuligem não é novidade, visto que desde domingo a capital federal já sofria com essa condição.

O índice de qualidade do ar na cidade atingiu 186, considerado insalubre, enquanto um nível moderado de qualidade fica entre 50 e 100. O mês de setembro é historicamente o mais seco em Brasília, o que contribui para o aumento das queimadas naturais. Até o momento, o Distrito Federal registrou 93 ocorrências de incêndios, que atingiram cerca de 220 hectares de área.

Mesmo com as estatísticas dentro da média para essa época do ano, a quantidade de fumaça presente no céu não condiz com os números de queimadas registrados. A capital já completa mais de 120 dias sem chuvas, com a última ocorrência oficial datada de 24 de abril.

A fumaça também é percebida em diversas regiões administrativas de Brasília, como Samambaia, Águas Claras, Sobradinho e Taguatinga. As torres do Congresso Nacional permanecem praticamente encobertas, refletindo a dimensão do problema ambiental.

Além disso, incêndios também assolam outras partes do país, como o interior de São Paulo, que já registrou 4.973 focos de incêndios somente neste ano. A falta de chuvas e as altas temperaturas contribuem para a propagação das chamas, causando acidentes, interrupção de aulas, lotação de hospitais e, lamentavelmente, a morte de duas pessoas, além de 66 feridos, de acordo com a Defesa Civil.

Diante da gravidade da situação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, para discutir sobre as suspeitas de ações criminosas por trás dos incêndios. A Polícia Federal abriu 31 inquéritos para investigar as origens do fogo, incluindo dois em São Paulo, estado que concentrou mais de 30% dos focos de calor registrados em território nacional nos últimos dias. A situação segue preocupante e exige medidas urgentes para preservar o meio ambiente e a saúde da população.

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