O Aeroporto Salgado Filho é responsável por mais de 90% do tráfego aéreo no Rio Grande do Sul e sofreu com o fechamento completo de suas operações devido às inundações que comprometeram as pistas de pouso, decolagem e o terminal de passageiros. Durante esse período de fechamento, os voos foram redirecionados para a Base Aérea de Canoas, localizada a cerca de dez quilômetros de distância.
A Fraport, responsável pela administração do aeroporto, alega ter sofrido um impacto financeiro significativo devido à paralisação das atividades e aos custos de reparação dos danos causados pelas enchentes. Estima-se que a reconstrução do Salgado Filho demande cerca de R$ 1 bilhão, levando a concessionária a solicitar uma revisão extraordinária do contrato de concessão de infraestrutura aeroportuária ao governo federal.
O diretor-presidente substituto da Anac, Tiago Sousa Pereira, explicou que o montante de R$ 425,96 milhões será utilizado para iniciar as obras de reconstrução do aeroporto e para cobrir os custos das atividades aeroportuárias durante esse período. Essa medida foi classificada como cautelar, visando garantir a retomada das operações o mais rápido possível, e poderá ser revisada após uma análise mais aprofundada dos contratos de concessão e do seguro contratado pela Fraport.
Como parte desse processo, a Superintendência de Regulação Econômica de Aeroportos da Anac recomendou o pagamento cautelar do valor acordado para viabilizar a reconstrução do Aeroporto Salgado Filho. A decisão foi respaldada pela Advocacia-Geral da União, que reconheceu a legalidade da revisão extraordinária do contrato de concessão.
Dessa forma, a expectativa é que o aeroporto retome suas operações normais com a reconstrução e revitalização, permitindo assim o restabelecimento do fluxo de passageiros e cargas na região de Porto Alegre.