Os investidores estão particularmente atentos ao ritmo da flexibilização de juros nos Estados Unidos, que é esperada a partir da reunião de setembro. Com uma agenda de indicadores enxuta, a pesquisa sobre vendas de moradias novas nos EUA em julho também será monitorada. Além disso, o avanço do preço do petróleo em mais de 1,5% está contribuindo para a recuperação do real no mercado cambial.
Os ajustes do dólar e dos juros dos Treasuries têm sido estreitos, especialmente após as falas de Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do Banco Central. As declarações do diretor, que é considerado um possível substituto do presidente Campos Neto, causaram ruídos nos mercados devido a contradições e excesso de informação.
O problema fiscal do governo também voltou à pauta, com o alerta do Tribunal de Contas da União sobre as projeções para o resultado primário em 2025. O TCU apontou que há um “duplo risco” nessas projeções, devido à possibilidade de frustrações de receitas e aumento das despesas obrigatórias. Contudo, o tom do discurso de Jerome Powell deve orientar o rumo dos mercados nos próximos dias.
No cenário interno, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da Fundação Getulio Vargas (FGV) desacelerou na terceira quadrissemana de agosto, o que pode ter impacto na inflação nos próximos meses. Às 9h44 desta sexta-feira, o dólar à vista estava em queda de 0,21%, cotado a R$ 5,5785, enquanto o dólar para setembro recuava 0,40%, a R$ 5,5850.