A Uerj cancelou todas as atividades no campus ocupado, alegando que os alunos utilizaram seus corpos de maneira “ostensiva e agressiva” para entrar no prédio. A situação se agravou quando os estudantes surgiram em uma sessão do conselho universitário e tentaram impedir a saída dos funcionários, resultando em agressões a três pessoas, incluindo um conselheiro, um membro da equipe da reitoria e um graduando em pedagogia, que teria sido atacado por um professor, segundo relato do movimento estudantil.
A Uerj negou a informação e afirmou que a agressão foi ao docente, destacando a gravidade das cenas de violência na universidade. Os coletivos que protestam na instituição ressaltaram a importância da democracia e da proteção aos estudantes em situação de vulnerabilidade.
As manifestações na Uerj têm se intensificado, com episódios de bloqueio das entradas do campus e confrontos com seguranças, evidenciando a insatisfação dos alunos com os cortes e mudanças nos programas de auxílio. A universidade explicou que enfrenta dificuldades para obter os recursos necessários e que as bolsas foram criadas de forma emergencial durante a pandemia, mas precisam ser revisadas devido à insuficiência orçamentária.
Com as reformas, cerca de 1.400 alunos podem perder o amparo da universidade. As negociações entre a reitoria e os estudantes estão emperradas, com os manifestantes exigindo a revogação das medidas adotadas. A reitora da Uerj, Gulnar Azevedo e Silva, argumentou que a falta de recursos para custeio das bolsas poderia colocar a universidade em risco.
Diante do impasse, a universidade se mostrou aberta ao diálogo, enquanto os manifestantes seguem firmes em sua postura de não negociar. A situação na Uerj reflete um cenário de tensão e mobilização estudantil em defesa dos direitos e da permanência na instituição de ensino.