Cidades de dez estados enfrentam impactos da intensificação dos incêndios na Amazônia e Pantanal devido à mudança do clima

A temporada de incêndios na Amazônia e no Pantanal tem se intensificado, causando preocupação em diversas cidades de dez estados brasileiros. A mudança do clima tem contribuído para a propagação do fogo, resultando em episódios de fumaça e diminuição da qualidade do ar em várias regiões. Imagens do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos mostram a concentração de monóxido de carbono se espalhando do Norte do Brasil até as regiões Sul e Sudeste, passando também por países vizinhos como Peru, Bolívia e Paraguai.

O Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (Unicef) emitiu um alerta sobre os cuidados necessários com a saúde diante da qualidade do ar insalubre nessas áreas afetadas pelos incêndios. O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) divulgou que os focos de incêndio na Amazônia concentram-se principalmente no sul do Amazonas e nas proximidades da Rodovia Transamazônica (BR-230).

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Amazonas e Pará são os estados que mais registram focos de incêndio na Amazônia, totalizando mais da metade das ocorrências. O fogo já consumiu 3,2 milhões de hectares na Amazônia e quase 1,9 milhão de hectares no Pantanal, impactando significativamente a biodiversidade dessas regiões.

Para combater os incêndios, o governo mobilizou brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) na Amazônia. No Pantanal de Mato Grosso, as Forças Armadas, a Força Nacional e a Polícia Federal também estão atuando no combate às chamas.

Diversas medidas estão sendo adotadas para conter os incêndios, como a liberação de recursos do Fundo Amazônia e a criação de uma sala de situação para monitorar a situação em tempo real. O governo federal destinou verbas para apoiar as ações de combate aos incêndios e oferecer assistência humanitária às comunidades afetadas. O trabalho de combate às chamas continua, mas a preocupação com o impacto ambiental e na saúde das pessoas se mantém em alta.

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