Promotores denunciam grupo ligado ao PCC por tráfico, lavagem de dinheiro e uso de torres clandestinas na cracolândia de SP.

Na última segunda-feira, dia 19, promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo denunciaram um grupo de 11 pessoas suspeitas de integrar uma organização criminosa ligada ao PCC (Primeiro Comando da Capital) na favela do Moinho, localizada no centro de São Paulo.

Segundo a denúncia, o grupo era responsável pelo abastecimento de drogas na região conhecida como cracolândia, onde o lucro gerado era posteriormente lavado através de transações financeiras suspeitas, tais como depósitos em dinheiro, transferências entre contas e investimentos em empresas e hotéis.

Além disso, os promotores apontaram que o grupo estabeleceu um sistema de torres clandestinas de telecomunicação na favela do Moinho, as quais captavam as comunicações das forças de segurança, principalmente da Polícia Militar, e as transmitiam para os criminosos locais através de rádios codificados, permitindo antecipar ações policiais.

O líder do grupo, identificado como Leonardo Monteiro Moja, conhecido como Léo do Moinho, foi preso durante a Operação Salus et Dignitas, deflagrada no início do mês com a participação de diversas forças de segurança e órgãos públicos. Moja foi denunciado juntamente com seus dois irmãos, sua esposa e sócia, além de outros membros do grupo.

As investigações apontaram que o líder do PCC centralizava suas atividades criminosas com o auxílio de seus irmãos, que gerenciavam o tráfico de drogas na região enquanto ele esteve preso. Durante a operação, foram encontradas grandes quantidades de drogas e evidências de lavagem de dinheiro nos endereços relacionados ao grupo.

Os suspeitos foram acusados de crimes como organização criminosa, tráfico de drogas, violação de comunicação, e lavagem de dinheiro, com transações financeiras atípicas que somam cerca de R$ 1,1 milhão entre 2021 e 2023. A denúncia ainda destacou a participação de outros membros do grupo em diferentes atividades ilegais, incluindo a coordenadora do tráfico de drogas em um hotel e os responsáveis pelas torres clandestinas de telecomunicação.

A defesa dos acusados não foi localizada para comentar sobre o caso, que representa mais um golpe no crime organizado na região central de São Paulo. A operação demonstrou a eficiência do Gaeco e das forças de segurança no combate a grupos criminosos, trazendo mais segurança e tranquilidade para a população da cidade.

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