A confirmação veio da sobrinha-bisneta da artista, Paola Montenegro, que é responsável legal pelo espólio, juntamente com o perito Douglas Quintale. Após a verificação da autenticidade, a obra agora faz parte da fase “Pau-Brasil” de Tarsila, refletindo sua estada em Paris e a representação de elementos icônicos do Brasil em suas pinturas.
A tela, que estava à venda por R$ 16 milhões na SP-Arte, foi colocada sob suspeita por alguns marchands e acabou sem comprador, mas agora sua autenticidade foi confirmada por especialistas designados pelos herdeiros da artista. O proprietário da obra, que preferiu não ser identificado, relatou que a pintura foi um presente de casamento de seu pai para sua mãe em 1960 e que a obra estava em sua família, que residia no Líbano, desde 1976.
Após sobreviver a um ataque israelense em 1981, a tela foi trazida de volta ao Brasil recentemente pelo proprietário, que temeu novos conflitos na região. O galerista responsável pela venda da obra, Thomaz Pacheco, ressaltou que a peça não faz parte do raisonné de Tarsila, pois estava fora do país quando o catálogo de obras da artista foi produzido.
Com todas as questões sobre a autenticidade resolvidas, a obra de Tarsila do Amaral pode agora ser apreciada e reconhecida como parte importante do legado artístico da renomada pintora brasileira. A confirmação da veracidade da tela é um marco para o mercado de arte e para os admiradores do trabalho da artista, que agora podem desfrutar da obra sem questionamentos sobre sua autenticidade.